Voltando à vaca fria.....
Têem-me chegado ao conhecimento que as praxes na Agrária, por diversas vezes, estão a ultrapassar os limites do razoável.
Atendendo a que as praxes são mal vistas pela Direcção da ESAS (note-se as declarações do Prof. Jorge Justino aquando da abertura do ano escolar), atendendo ao sucedido com aquela célebre caloira. Não será de repensar qual o modo de actuar junto dos recém-chegados?
Experimentem pesquisar notícias da ESAS e o que vão encontrar? Alunos da ESAS vão a tribunal e outras situações análogas. Onde estão as acções que tanto prestígio deram à nossa Escola centenária?
Aproveitem para ler no jornal "O Mirante" o texto do nosso colega Vitalis.
texto do Vitalis: http://semanal.omirante.pt/index.asp?idEdicao=308&id=38103&idSeccao=4437&Action=noticia
texto do Justino: http://semanal.omirante.pt/index.asp?idEdicao=306&id=37668&idSeccao=4391&Action=noticia
último texto do mirante sobre praxe na Agrária: http://semanal.omirante.pt/index.asp?idEdicao=309&id=38177&idSeccao=4442&Action=noticia
Vamos novamente elevar bem alto os CHARRUAS....
Telmo Fontes
Têem-me chegado ao conhecimento que as praxes na Agrária, por diversas vezes, estão a ultrapassar os limites do razoável.
Atendendo a que as praxes são mal vistas pela Direcção da ESAS (note-se as declarações do Prof. Jorge Justino aquando da abertura do ano escolar), atendendo ao sucedido com aquela célebre caloira. Não será de repensar qual o modo de actuar junto dos recém-chegados?
Experimentem pesquisar notícias da ESAS e o que vão encontrar? Alunos da ESAS vão a tribunal e outras situações análogas. Onde estão as acções que tanto prestígio deram à nossa Escola centenária?
Aproveitem para ler no jornal "O Mirante" o texto do nosso colega Vitalis.
texto do Vitalis: http://semanal.omirante.pt/index.asp?idEdicao=308&id=38103&idSeccao=4437&Action=noticia
texto do Justino: http://semanal.omirante.pt/index.asp?idEdicao=306&id=37668&idSeccao=4391&Action=noticia
último texto do mirante sobre praxe na Agrária: http://semanal.omirante.pt/index.asp?idEdicao=309&id=38177&idSeccao=4442&Action=noticia
Vamos novamente elevar bem alto os CHARRUAS....
Telmo Fontes


5 Comments:
Só para dizer que deixei um comentário no texto do Vitalis que saiu no Mirante. Talvez vos interesse ler.
Ricardo, será possível dares o link para também poder ler.
É que também eu enviei um comentário que não chegou a ser publicado.
pois de facto ainda não apareceu...
Mas olha fica aqui:
O texto escrito por este rapaz é bastante interessante. Devo dizer que gostei muito de o ler pois revela a mentalidade típica dos praxistas. Apenas alguns apontamentos:
1. Segundo o autor, "(...) existem alturas em que se pode pensar que a humilhação provocada pela prática das praxes pode ser desconfortável, mas estas ensinam-nos a ser melhores pessoas e a ser mais responsáveis e preocupados para com os que nos acompanharam(...)". Logo à partida, esta declaração afirma que a praxe, de facto, humilha e que isso até é desconfortável. Decerto que não se estará a referir a todas as "brincadeiras" da praxe. Mas, acrescenta, passar por esta humilhação ensina-nos a ser melhores pessoas. Esta contradição é, no mínimo, engraçada: passar por algo mau, faz nos ser melhores; ou seja, temos de passar por situações desconfortáveis para sermos pessoas com mais valor. Ou doutra forma, temos de ser humilhados para não humilhar, temos de passar fome para dar valor à comida, temos de apanhar um choque para aprender a não por os dedos na tomada. (No extremo, teríamos de ser mortos para aprender a dar valor à vida!...) Mas, digo-lhe, o Sr. está errado. Quando os jovens entram para a Universidade já não são crianças. São adultos que podem votar, conduzir um automóvel, ser presos. São seres responsáveis pela sua pessoa e não devem ser tratados como crianças incapazes de agir consoante os princípios éticos e morais que já deviam ter aprendido há muito tempo!
2. Diz também que "(...) a primeira pergunta que se faz aos novos caloiros logo após se saber o nome destes é se são a favor praxe (...)" e se não forem "têm sempre o direito de se declararem anti-praxe". Parece que estamos a falar de um direito constitucional, declarar-se anti-praxe. O que este rapaz não sabe é que a Constituição Portuguesa já nos protege contra as praxes, muito em concreto no 25º artigo: 1. A integridade moral e física das pessoas é inviolável; 2. Ninguém pode ser submetido a tortura, nem a tratos ou penas cruéis, degradantes ou desumanos.
Ou seja, eu não tenho de me declarar anti-praxe para não ser humilhado. Simplesmente vocês (as pessoas que praxam) NÃO têm o direito de me confrontar, a mim ou a qualquer outra pessoa, com essa pergunta! Se quiserem praxar, apesar de eu discordar dessa prática, devem-no fazer sem que, em circunstância alguma, firam a susceptibilidade de uma pessoa, lembrando-se de que as pessoas são muito diferentes umas das outras e, portanto, com diferentes susceptibilidades. No mínimo, teriam de perguntar a todo o momento se os caloiros quereriam, ou não, passar pelas situações sugeridas.
Mas mesmo neste caso, a praxe continuaria a ser uma prática incompatível com a Constituição uma vez que seria discriminatória e segregadora. Separa os que querem ser praxados dos que não querem, impedindo o livre convívio entre estudantes. Este é também o motivo pelo qual a praxe não é uma prática integradora tal como é apregoada e como se fosse a razão da sua existência. A praxe dificulta e muitas vezes coíbe a comunicação entre as pessoas.
Com isto quero dizer que nenhum código da praxe, comissão de praxe ou dux veteranorum pode substituir o que está escrito na nossa Constituição.
3. “(…) mesmo que não compreendido por parte de alguns ignorantes que na minha opinião só têm é dor de cotovelo por não fazerem parte de uma escola centenária (…)”; “Um verdadeiro charrua que, com orgulho (…)”. Com estas declarações apercebo-me, por fim, de que este jovem (com a mentalidade de uma criança) trata a sua Universidade como se de um clube de futebol se tratasse. Mostra, assim, que não sabe qual é o conceito da Universidade, esta serve o conhecimento Humano e não a disputa pessoal. Só vê a preto e branco: os que são da sua faculdade e os que não são; os que querem ser praxados e os que não querem; os que são da cor da sua pele e os que não são; amigos e inimigos; e lá se perdem os valores que nunca foram ensinados pela praxe…
4. Quero só dizer, para terminar, que há coisas mais importantes do que praxar. Há muita coisa no mundo a acontecer que merece mais atenção e dispêndio de energias do que esta coisa sem nexo, por exemplo, e já que se trata de uma escola agrária, assuntos como OGM, permacultura, agricultura biológica, agricultura de precisão, …, mais importantes para discutir.
Toda e qualquer praxe se for feita em grupo será sempre fortalecedora do espírito de grupo.
Logo depreendo que terá sido mal praxado, e então tem alguma desculpa.
Também penso que desconhece as expressões (e eu respeito os antigos): "As rosas que melhor cheiram são as que têm mais espinhos" ou "O sal dá tempero à vida". Pense nisto...
Mais informo que apesar deste meu ponto de vista nunca praxei!
Reforço a ideia que a praxe serve para conhecer e respeitar a Escola, os colegas (caloiros e veteranos), os funcionários, os docentes, a cidade, e demais envolvência.
Talvez por discursos como o do Sr Ricardo Alves é que as pessoas mais antigas da escola recordam e se alegram quando algum "velhinho" volta à ESAS e recordam o passado.
Tente ir mais longe e fale com alunos da antiga ERAS, fale com eles sobre as praxes e sobre o espírito e os laços de amizade que ainda hoje prevalecem, apesar de muitos deles já serem avós.
Talvez por a praxe ser bem entendida pelos caloiros (é necessário ser inteligente para isso) é que quando algum dentre eles estivesse atrapalhado, numa frequência, na elaboração dum trabalho, por dificuldades financeiras, etc., todo o grupo colaborava na resolução do problema.
Pelo contrário, actualmente, em que o egoísmo e o narcisismo impera, é o salve-se quem puder, nem que para isso se prejudique o colega.
Por fim, tenho de concordar consigo quando termina com "...há coisas mais importantes que praxar." Mas, infelizmente a nossa Escola centenária só é relembrada nos jornais por um momento infeliz protagonizado por alguém que procurou atingir outros objectivos.
Grande artigo, este que mexe na ferida de muita gente que se opõe a uma tradição que desconhece ou que não consegue arranjar coragem para a viver...Afirmo isto como um recém-licenciado da Escola Superior Agrária de Santarém que entrou no ano onde ocorreu a, vergonhosa e indicadora de uma falta de maturidade incrível, situação de levantamento de um processo, não contra veteranos, caloiros ou qualquer outro indivíduo, mas sim contra uma celebração centenária que caracteriza uma região, pondo em causa toda a sua identidade. Defendo-me já de alguns comentários menos próprios de alguns indivíduos que discriminam os sujeitos que concordam com o fenómeno da praxe e nos consideram “jovens (com a mentalidade de uma criança) que tratam a sua Universidade como se de um clube de futebol se tratasse”, pois estudei durante os 5 anos do curso não chumbando nenhum ano e terminando o curso com uma média respeitável e grande consideração por parte de muitos dos professores, colegas e amigos, sem por isso deixar de participar nas praxes, sendo praxado, sem por isso me divertir ou participar em “jantaradas e borgas”…Que não se recorra a situações discriminatórias que se observam na sociedade em geral de modo a realçar pontos de vista ou fazer observações infundadas da importância das praxes relativamente a assuntos de discussão actual. Daqui podemos concluir à partida alguma frustração, visto todos esses tipos de assuntos terem uma discussão constante nas aulas da ESAS com uma participação activa por parte de alunos e docentes. Afirmo aqui a minha confusão…
Reconheço que a primeira impressão de um estudante vindo de uma cidade como Setúbal aos 18/19 anos não foi das melhores, ao se deparar com uma vivência diferente da sua, com diferentes estilos e percursos de vida. Mesmo assim alinhei nas praxes, mesmo quando uma das primeiras perguntas que me fizeram foi: "o caloiro quer fazer parte das praxes ou ser anti-praxe?"; me praxaram, me "humilharam" (como já foi referido em muito artigos relacionados), tudo isto em frente aos meus pais.
Agora digam-me por favor, uma rapariga com 22 anos não possui maturidade suficiente, força de vontade ou lá o que queiram chamar, para fazer frente a um “assustador e terrível” bando de veteranos cujo único objectivo de vida é crucificar e maltratar caloiros… Por favor, peço apenas que deixem de tratar os alunos caloiros como pessoas sem qualquer capacidade cognitiva, incapazes de tomar decisões, que utilizem argumentos inválidos e claramente corrompidos e falsos para desculpar acções ou ausência delas neste período de vida de cada um. Agradeço que todos os recentes alunos desta Instituição tenham em consideração a brilhante afirmação de Ricardo Alves que, apesar de ter sido empregue numa perspectiva algo diferente pode ser considerada muito válida: “Quando os jovens entram para a Universidade já não são crianças. São adultos que podem votar, conduzir um automóvel, ser presos. São seres responsáveis pela sua pessoa e não devem ser tratados como crianças incapazes de agir consoante os princípios éticos e morais que já deviam ter aprendido há muito tempo!”.
Assim deve-se ter em atenção que um estudante com 18 anos (idade mais frequente de ingresso no Ensino Superior) já deve estar ciente dos seus princípio e defendê-los, ter noção do “bem e do mal” e agir em conformidade com a sua vontade sem prejudicar ninguém, ter capacidade de argumentação e de alguma imposição das suas vontades, quando estas são válidas, de assumir os seus erros e acatar com as consequências relativas aos mesmos. Devemos abolir esta tendência de um facilitismo ou irresponsabilidade continuamente desculpada, o que provoca, a cada dia que passa um alheamento das responsabilidades de cada um e uma cada vez maior formação de “crianças ” com cursos superiores. Que cada um assuma o que fez e porque fez e não se desculpe com argumentos inválidos, prejudicando outros e a imagem de uma Instituição de respeito.
Se a Sr.ª Ana Santos não possui as anteriormente referidas capacidade humanas posso concluir apenas uma inaptidão da mesma para frequentar o Ensino Superior. Que esta não desculpe esta incapacidade com os factores de integração dos alunos numa escola, pois se a mesma possui alguma fobia pelos excrementos animais ou qualquer outra matéria associada à produção agrícola, depreendo apenas que se candidatou ao curso e principalmente à Instituição errada.
De notar que grande parte desta discussão se baseia nas afirmações efectuadas pelo Sr.º Ricardo Alves, como comentário a um artigo encontrado em http://www.charruasjurassicos.blogspot.com/
Mauro Soares Lopes
Engº Agrário, Ramo da Produção Hortofrutícola
Escola Superior Agrária de Santarém
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